1. CONCEITO DE ANORGASMIA
“A anorgasmia, tema sobre o qual temos interesse de estudo, constitui a ausência do orgasmo sexual.” (Dicionário Aurélio)
Pensamos estar nos debruçando sobre questão essencial da vida humana, sendo o orgasmo sexual a representação do ponto máximo de prazer e sensação de felicidade.
Grupo de estudo sobre Anorgasmia:
2. PROPOSTA DA SER em SI
Formar um Grupo de estudo multidisciplinar para criar uma nova metodologia de suporte a esse projeto
3. OBJETIVO DO GRUPO
Propor um novo modelo para conscientização, procedimento e tratamento sobre a anorgasmia (assim como é vista atualmente).
4. JUSTIFICATIVA
Tendo em vista que o ser humano não se resume apenas às suas dimensões psicológica e orgânica, mas também e principalmente, à sua dimensão energética, torna-se necessário tentarmos compreendê-lo em suas manifestações através também dessa vertente.
Sendo o sexo a fonte de energia da própria vida, impossível se torna nos debruçarmos sobre o seu estudo sem considerarmos essa terceira dimensão.
Nosso enfoque será :
• a mulher que está por trás da anorgasmia
• as conseqüências da anorgasmia,
• causas e fenômenos ainda não levantados do que essa disfunção gera para essa mulher.
A medicina atual debate e trata o tema com um enfoque até então fechado, isto é, visa somente a disfunção e a forma de reduzi-la ou saná-la.
A medicina atual não tem dado conta de fenômenos como a anorgasmia e vários outros que acometem ao ser humano em geral, isso devido a não incorporação de uma visão do Homem enquanto energia. Para expressar nossa teoria temos que fazer as apresentações do que se tem hoje e da nossa proposta.
5. EMBASAMENTO HISTÓRICO
O sexo é a fonte de maior busca de satisfação do homem, no entanto, dada a sua complexidade, visto que é fortemente influenciado por aspectos emocionais, orgânicos, energéticos e culturais, sua vivência tem distanciado o indivíduo do encontro consigo mesmo e com sua dimensão de prazer e felicidade para o qual foi criado.
Neste sentido, surgem variadas disfunções sexuais que representam a dificuldade do ser humano em lidar com sua energia sexual, no que se refere à possibilidade plena de dar vazão ao seu desejo sexual em concordância com sua dimensão social.
O fato é que as estatísticas apotam que entre 70 e 80% das mulheres têm dificuldade ou incapacidade de chegar ao clímax na relação.
Esse quadro assustador não retrata o passado muito distante, quando as mulheres deveriam prestar submissão aos maridos e qualquer manifestação de prazer numa relação sexual era condenável. Os números são atuais e indicam que a maioria das mulheres tem anorgasmia.
A emancipação feminina que socialmente ocorreu, caracterizada principalmente pela entrada da mulher no mercado de trabalho, não assegurou o seu direito ao prazer. Os métodos contraceptivos, a escolha do parceiro, a independência financeira não são sinônimos de uma vida sexual satisfatória e, apesar de um discurso aparentemente erótico e liberado tão presente atualmente, na intimidade das quatro paredes ainda se vivem sentimentos de vergonha, menos valia, medo e culpa.
Perdemo-nos entre nosso desejo e nossa vontade, entre o desejo (sua consciência) e a possibilidade de vivenciá-lo.
Confundimos sensações de mero alívio com prazer. Temos dificuldade em diferenciar relacionamentos saudáveis de troca, de compartilhamento, de permissão à vivência do desejo com relacionamentos de dependência, de dominação e de escravização do outro aos nossos desejos. Enfim, são vários os furos e as falhas na relação que causam os mais variados conflitos neste campo.
A relação sexual representa o momento mais íntimo vivenciado entre duas pessoas e através do qual produzimos e reproduzimos energia.
Sendo assim, a ausência do orgasmo, energia sexual plena e prazerosa, pode nos oferecer um indicativo de que há impedimentos no sistema bio-psico-sócio e energético do indivíduo ou do casal dificultando sua vivência.
Pensando em uma visão mais holística do ser humano, em especial das mulheres, foco de nossa atenção, necessário se torna consideramos os variados aspectos que perpassam tal problemática.
Às vezes, mesmo com tal dificuldade, a mulher pode apresentar uma grande energia sexual, adorar as carícias eróticas que antecedem a penetração, ficar bastante excitada sexualmente e gostar da sensação de penetração do pênis.
Este problema é bastante comum e suas causas psicossociais podem reunir alguns fatores:
1. Pessoais: medo de perder o controle ou conflitos inconscientes mais profundos despertados pelas sensações eróticas, etc;
2. Culturais : crenças e valores distorcidos, relacionados à sexualidade, provenientes de uma cultura de repressão, em que o sexo é visto como algo sujo, errado ou impuro ou como conseqüência de uma ditadura do prazer, onde sentir orgasmo passou a ser uma obrigação;
3. Relacionais: conflitos associados à dinâmica conjugal. As causas têm diversas origens que podem ser desde abuso ou violência sexual durante a infância até a falta de intimidade com o parceiro.
A educação rígida, a falta de conhecimento do próprio corpo, o estresse e a rotina no relacionamento fatores que muito contribuem para a anorgasmia.
O que procuramos é desvendar esses dados para frente à mulher poder propor uma visão mais real de sexualidade e de autoconhecimento físico, mental, emocional e energético.
O orgasmo constitui-se em um aspecto importante do crescimento sexual, contudo não é uma experiência isolada da dimensão psicológica.
Alcançá-lo não depende só da excitação sexual, mas, sobretudo, da capacidade de entregar-se às sensações eróticas, de sentir-se à vontade consigo mesma, das idéias que possui sobre sexo e os homens, da capacidade de dispor a energia sexual para a vivência do relacionamento e etc.
Assim, crescer sexualmente
significa crescer como pessoa,
no sentido mais amplo e
em sua relação com o mundo.
6. CONCEITO EM TERMOS ENERGÉTICOS:
Anorgasmia => representa o bloqueio da vivência da energia em sua plenitude, em sua capacidade produtiva do amor, energia positiva. Mas se não conseguimos produzir energia positiva estaremos produzindo energia negativa, reproduzindo a energia predominante? São muitas as questões que ainda estão em aberto, o que torna essencial a formação de grupo de estudo sobre o tema.
Será que podemos pensar também que há forte influência cultural sobre a questão da anorgasmia, visto que, sabemos ser a conotação sexual bastante genitalizada, circunscrita à penetração? Tal visão favorece o esquecimento das variadas zonas erógenas que contribuem para experiência do prazer sexual. Conhecer tais zonas, por sua vez, não significa ignorar ou desconsiderar a relação sexual, propriamente dita.
Considerando que a anorgasmia é uma patologia que ocorre a nível corporal e entendendo-a (corpo) enquanto realidade material em suas dimensões de massa e energia, não podemos desconsiderar que é através exatamente dos seus sinais e sintomas (no caso, uma insensibilidade à dimensão prazerosa do sexo) que poderemos lançar nosso olhar sobre a compreensão de tal realidade.
Pensar na dimensão energética é também nos compreendermos fazendo parte de um sistema no qual a relação entre os componentes deste sistema é fundamental , no que se refere aos relacionamentos, ou melhor, à produção da energia humana.
A energia representa parte da realidade invisível que permite aos corpos se movimentarem e interagirem entre si, enfim, tornarem-se vivos. É ela que os impulsiona à ação e lhes permite reação.
Sendo assim, a energia é determinante na busca do ser humano pelos relacionamentos e supomos também dos desvios neste campo.
7. FINALIDADE
Desta forma, pretendemos compreender de modo global a questão da anorgasmia, visando a mulher como um ser inteiro em busca de equilíbrio e harmonia. Para isso faz-se mister uma releitura do enfoque da medicina atual sobre o tema, o que nos leva a propor um estudo aprofundado entre diferentes profissionais que atuam neste campo, visando a produção de um conhecimento instrumental no desenvolvimento de um novo método terapêutico.