Princípio do alívio X princípio do prazer1
G.Fábio Madureira
Curti minhas primeira e segunda infâncias literalmente de pés no chão. A explicação pode até ser econômica, mas o resultado foi de puro erotismo. Era gostoso o contato com a terra. Tanto é assim que, aos 11 anos, estudando em internato e indo pela primeira vez passear no mato, instintivamente arranquei os sapatos. Foi quando um colega da mesma idade, filho de grande empresário da região, exclamou, com ar de deboche e superioridade, que nunca tinha posto os pés no chão. De pronto retruquei: “pois eu sempre vivi de pés no chão e não preciso ficar tomando a remedaiada que você vive tomando!”.
Ao assim responder, não me sentia sozinho. Lembrava-me daquele povo da roça que ia acompanhar as procissões na cidade. Geralmente, homens e mulheres que provinham da cercania e chegavam à entrada da cidade descalços. Lavavam os pés na bica do “Vigário” e se calçavam. Durante a procissão, era evidente o seu desconforto! Era sapato rangendo e seu dono gemendo! Tão logo a procissão terminava, arrancavam os sapatos, que voltavam para o lugar donde nunca deveriam ter saído: os ombros, onde confortavelmente descansariam dependurados pelo cadarço de um pé amarrado ao outro.
Nada comparado ao chamado povo dos grandes centros urbanos, com quem depois passei a conviver. Para essas pessoas, além de sinal de status, o sapato é antes de tudo um instrumento de alívio. Nem estou falando do seu histórico e real papel como meio de locomoção para as grandes jornadas. Estou me referindo ao contato com a terra que incomoda e chega mesmo a causar dor. Por isso o seu uso constante é necessário. Mesmo assim, a essa função de proporcionar alívio tem-se dado o nome de prazer!
A história de Tiago
Isso ficou muito claro para mim com o caso do Tiago. Esse meu sobrinho já tinha seus oito anos e estávamos passeando em um sítio. Correndo pra lá e pra cá, de repente ele empaca diante de um terreno coberto por brita. Eu estava sentado na varanda e perguntei-lhe:
– O que foi, Tiaguinho?
– As pedrinhas tão machucando meus pés.
– Venha cá. Deixe-me ver o que você tem nos pés.
Sentei-o no colo e orientei-o sobre como proceder: relaxar ao máximo e deixar as mãos formigarem. Passando a mão sobre a sola de seu pé, percebia nitidamente um bolsão de água (má-água, mágoa, mácula, mancha) entre a pele e a carne. Sendo ele criança e eu já conhecendo um pouco dessa técnica, não foi muito difícil “enxugar-lhe” os pés. Ao sentir que a má-água havia praticamente acabado, mandei que voltasse às pedrinhas e pisasse sem medo e com firmeza.
Mais emocionante que a sua desenvoltura com as pedrinhas foi a alegria estampada em seu rosto. Depois de curtir o prazer de sua nova experiência, voltou à varanda, me encarou e perguntou:
– Você é mágico, tio?
Respondi-lhe que não havia nada de magia. Que apenas havia desenvolvido minha sensibilidade para perceber onde havia energia acumulada. E esse acúmulo se dava porque ele nunca punha os pés no chão. Na verdade, eu fazia o papel da terra: puxar para si essa energia que deixava seu pé hipersensível e, por isso, dolorido sob a pressão das pedrinhas.
Daí a algum tempo, volta o Tiaguinho, me arrasta pelos braços e me leva para um bosquezinho que havia lá por perto. As árvores sombreavam uma terra fofa misturada a folhas novas e velhas. E ele me manda pisar para ver a gostosura! Diz que nas pedrinhas já não doía mais, mas que também não era gostoso. Que ali, sim, era gostoso demais! E ele não precisava dizer. O ar de satisfação estava estampado em seu rosto! E acrescentou:
– Será, tio, que é por causa da tal água que tinha no meu pé? Eu sempre venho aqui e nunca tinha sentido o que estou sentindo agora! O senhor pode explicar do jeito que quiser, mas que é magia, é.
Corpo, o campo do prazer
É isso aí. O nosso corpo, enquanto natureza, foi feito para ter prazer em todas as relações. Afinal, prazer é vida. À medida, entretanto, que histórica e culturalmente passamos a agredir essa mesma natureza, transformamos a energia primitiva, vital, em negativa ou mortal. E essa não se harmoniza com a massa de nossa matéria, causando-lhe hiper ou in-sensibilidade. Daí o incômodo, o mal-estar, a dor e, como conseqüência, a insegurança na nossa relação com os elementos da natureza e com nossos semelhantes. O que certamente terá sido a causa da teoria da falacidade dos sentidos que, desde os gregos, vem relativizando os sentidos e absolutizando a razão como instrumento de aferição da verdade.
À medida que consegui retirar dos pés do Tiaguinho aquela má-água (energia material humana no seu segundo estado, o primeiro é o gasoso), a sua relação com as pedrinhas já não foi mais de dor e, com a terra fofa, foi de prazer. O que nos leva a concluir que só há prazer onde não há energia material humana negativa: prazer só se dá em uma situação de bem-estar.
Portanto, para ter prazer devemos nos livrar das cargas de energia negativa. Entretanto, livrar-se da energia negativa, por si só, não causa prazer e, sim, o bem-estar necessário para a presença do prazer. O bem-estar é, pois, condição necessária para a ocorrência de prazer. Afinal, prazer nada tem a ver com o resultado ou produto e, sim, com o processo. O bem-estar que você sente lhe permite fruir a relação que você está tendo com um alimento, com uma pessoa ou com algum outro elemento da natureza.
Ao processo de liberação das cargas de energia negativa, que resulta em bem-estar, deve-se dar corretamente o nome de alívio. Nunca, porém, de prazer, como se tem feito hoje em dia.
A história de Laura
O que me lembra o caso da Laura. Estávamos discutindo em grupo essa distinção entre alívio e prazer. Havia acabado de afirmar que nossos atuais hábitos são todos calcados no princípio do alívio, e não do prazer. Cheguei até a contar a história do Tiaguinho. Laura, 45 anos, casada, mãe de três filhos, questiona a minha tese e afirma que nem todos os seus hábitos reproduzem o princípio do alívio. Sendo solicitada a dar um exemplo concreto, cita o seu “prazer” em escovar os dentes. Argumentei que exatamente esse é um hábito que só se adquire à força da pressão e do “convencimento” pelo medo da cárie, do mau hálito e por questões estéticas. Ela não se deu por convencida. Pedi-lhe, então, que me citasse uma situação em que ocorresse prazer ao escovar os dentes.
– Quando sinto meus dentes grossos, pegajosos, e os escovo. É muito bom!
– Esse seu muito bom é prazer ou é alívio?
– Prazer, é claro!
– Óbvio que não. Você estava com um mal-estar na boca, causado pela energia negativa, e a escovação lhe proporcionou um bem-estar, trouxe-lhe um alívio. É só você se lembrar de que a energia material negativa é seca, frígida, fétida e sal-amarga. Tanto é assim que, certamente, após algum tempo, voltou a sensação ruim e, novamente, você teve que escovar seus dentes.
A discussão esquentou e eu apresentei um exemplo mais simples: o hábito de se usar desodorante. Ninguém o faz por prazer. Aquele jato frio pode até dar uma sensação gostosa, mas esse produto é usado para impedir o mau cheiro das axilas. Quem o usa sabe que o mau cheiro não será eliminado. O desodorante apenas o escamoteia por algum tempo, deixando a pessoa com a sensação de perfumosa e, portanto, com um certo ‘à vontade’ em relação às demais pessoas. A eliminação definitiva desse incômodo passa por um aprendizado de como se desfazer das cargas de energia negativa, produzidas ou recebidas.
Não acredito ter convencido completamente a Laura. Depois desse dia ela não mais voltou ao grupo.
Deus, pecado e prazer
Casos como o de Laura cada vez mais me convencem da dificuldade em se demonstrar aos outros essa distinção entre alívio e prazer. Como fazer alguém admitir que em toda a sua vida praticamente nunca teve prazer?! Ainda mais se essa pessoa tem todo um discurso hedonista! Afinal, quem nunca viveu a real dimensão do prazer jamais saberá compreendê-lo e, muito menos, defini-lo. E, certamente, tomará qualquer coisa que lhe cause alívio como fonte de prazer.
Mais do que nunca, porém, é urgente que façamos essa distinção! O caos ético e moral a que chegamos (seria a barbárie prevista por Marx?!) pode ser explicado a partir dessa confusão conceitual entre alívio e prazer.
Indiferentemente de credo religioso, a busca humana sempre se pautou pelo elogio às virtudes e o enfrentamento dos vícios. E hoje já não sabemos distinguir uma coisa da outra. Ao ponto de se acreditar e pregar que o pecado é fonte de prazer! A mídia tem usado sobejamente desse bordão para vender produtos. O que mais assusta, porém, é ver religiosos confirmarem e reforçarem essa tese, cultivando em seus templos o discurso contra o prazer, na sua pregação contra o pecado!
E Deus, onde fica? Ele não é a fonte de toda a vida, em qualquer religião? E vida não é prazer, não é o bem? O plano divino é de vida, “e vida em abundância”. Seu plano está escrito em nossa natureza que busca incessantemente a vida, através do prazer, e a “vida em abundância”, através do gozo.
Se assim não for, Deus é fonte da dor, da morte, do mal. E aí se justifica qualquer ateísmo, agnosticismo e tipo de descrença! Afinal, pecador passa a ser quem cultiva o prazer. Virtuoso, quem vive de desprazer. Mais virtuoso, ainda, quem cultiva a dor e o sofrimento! Viver, portanto, vira um exercício de masoquismo. E já que esse não existe sem o sadismo, tudo se transforma numa melança só. Para recuperar um pouco de racionalidade nessa discussão, temos que reintroduzir a noção da energia contida na matéria.
Homem = energia x massa
Ninguém nega que nós, seres humanos, pertencemos à realidade material e, como tal, somos também matéria. E, como matéria, temos nossa dimensão de massa e de energia. E que é o equilíbrio entre essas duas dimensões que nos proporciona a harmonia necessária ao nosso bem-estar. Ao contrário, porém, o desequilíbrio entre elas só nos traz o mal-estar, condição suficiente para o desprazer e a dor, matéria-prima da morte.
E donde vem tal desequilíbrio? Somos os únicos seres vivos cuja evolução tem-se pautado por um progressivo aprendizado de agressão à nossa própria natureza. Somos, pois, os únicos seres com a capacidade de questionar o plano divino, o natural, e inaugurar e desenvolver o nosso próprio plano, o histórico. E é nesse processo de agressão que estão a origem e a explicação da energia material humana negativa, base material dos nossos medos, da dor, do mal. Só que, ao mesmo tempo em que temos avançado na capacidade de produzi-la e reproduzi-la, temos retrocedido na nossa capacidade de dela nos desfazermos. Contrariamente a outras culturas que desenvolviam ou desenvolvem formas de liberação dessa energia material negativa, a nossa vem progressivamente criando mecanismos, produtos e equipamentos para convivermos com esse tipo de energia que vai se tornando, cada vez mais, a matéria-prima de todos os nossos hábitos, comportamentos, sentimentos e ações. Até chegarmos aos dias de hoje, onde, por causa disso, já não mais se distingue prazer de alívio.
Sem essa distinção, virtude pode ser pecado e pecado pode ser virtude: bem e mal se confundem. O importante passa a ser o resultado, o produto, a mercadoria. Com isso paira a ilusão de total controle. Só que, no afã do controle total sobre o produto, tem-se perdido a capacidade de ser senhor do processo, que permite a percepção da dimensão energética. Sem essa dimensão, matéria é apenas massa. Como tal, com fronteiras nítidas, tanto no tempo quanto no espaço. Vale apenas o que seja visível, tangível e mensurável. Perde-se a noção de sistema e de infinito. O indivíduo, por exemplo, começa e acaba em si e, por isso, acredita-se totalmente livre.
O que importa hoje, enquanto valor, é conseguir um par de tênis da marca tal. Não interessa como: se fazendo, se comprando, se achando ou se matando para roubá-lo. Da mesma forma, o que importa hoje é ficar rico ou famoso e, de preferência, ambos, não sendo mais importante a forma de como chegar lá. O importante é chegar. O caminho, os meios, o processo, de nada valem.
Morte ao desejo?!
Isso está totalmente de acordo com o princípio do alívio. Aqui o objetivo é livrar-se daquilo que pesa, que incomoda, que causa mal-estar. De preferência, não se sentindo o caminho, os meios, o processo, porque senti-los pode mostrar-nos aquilo que não queremos ver em nós: produtores e reprodutores da energia material humana negativa. Isso porque ela é concretamente perceptível a nossos sentidos como fétida, frígida, seca e sal-amarga. E todos queremos ser – ou parecermos ser – portadores das características da energia material positiva: perfume, calor, oleosidade e doçura. Só que é exatamente esse não-sentir que reproduz e amplia em nós a realidade dessa energia negativa, mesmo que, no momento do alívio, de um pouco dela se consiga desvencilhar.
Esse não-sentir-o-processo tem um triplo efeito negativo sobre nossa capacidade de sentir prazer: amplia a realidade da energia material humana negativa em nós; bloqueia nossa capacidade de amadurecimento na compreensão e superação da dor e do sofrimento; diminui progressiva e paulatinamente a nossa capacidade de sentir prazer. Porque prazer é, antes de tudo, fruir o acontecer, o processo. O resultado ou produto é conseqüência natural e proporcional à capacidade de fruição do processo. Daí ser o gozo uma conseqüência natural de um progressivo processo onde se sinta prazer.
Além disso, se esse processo de não-sentir-para-não-se-ver se torna cumulativo, chega um momento em que já não mais se tem consciência do próprio desejo, que é a expressão da energia material vital, base material do amor. Está aqui o pior de todos os tipos de alienação, pois que se dá em todos os níveis: intelectivo (não sabemos o que queremos), sensitivo (não sentimos o que queremos), emocional (odiamos o objeto desejado), espiritual (cultuamos o medo pelo amor). Passamos, assim, a nos relacionar conosco e com o meio alimentando vontades cada vez mais distantes do nosso real desejo.
É que ele foi progressivamente abafado pelas camadas de energia negativa, mortal, que se foi transformando em ansiedade e essa, não enfrentada, desembocando na compulsão. As nossas vontades passam, pois, a expressar uma relação compulsiva com a realidade. E nesse tipo de relação, a única coisa que importa é o produto, o resultado. Perdemos nossa capacidade de sentir prazer, de fruir o processo das relações e passamos a habitar o mundo do alívio, dos resultados. E quando tal acontece, a única sensação que temos de bem-estar, de paz, é aquela promovida pelo alívio, que não passa de momentânea e provisória. Como perdemos a memória do que é realmente prazer, que instintivamente buscamos, passamos a chamar alívio de prazer.
O império das bulas
Já que o mundo regido pelo princípio do alívio é aquele dos resultados, dos produtos, passamos a organizar nossa vida em torno de produtos. Quanto mais os tivermos, mais “prazer” sentiremos. E se a quantidade de produtos é a medida de nosso “prazer”, a forma de obtê-los deixa de ter importância. Aliás, mesmo que tenha, não sabemos aquilatá-la, porque somos incapazes de fruir o processo. Assim, tudo vale. A idéia de valor passa a ser completamente relativa e abstrata e, pior ainda, com a ilusão de individual. Como cada indivíduo acredita deter a sua própria escala de valores, a ética e a moral passam a ter ar de coisa pré-histórica. Ou, melhor dizendo, a ética passa a ser definida como um conjunto de não-valores. E aí o tecido social apodrece, com o conseqüente desmantelamento de todos os sistemas que sustentam uma sociedade: cultural, político, econômico, religioso etc..
Como não-senhores de nossos desejos e pseudo-senhores de nossas vontades, passamos a ser presas fáceis do outro e do meio. Nosso grau de liberdade tende a cair para zero. Tornamo-nos totalmente objetos. Mas com ares de sujeitos!
E dá-lhe modismo! E dá-lhe fascismo! Que impere o consumo! Que reine a doença com pose de saúde! Que nossas “escolhas” sejam ditadas por bulas e receitas!
Contrariamente a tudo isso, a sabedoria popular, que jamais deixou de ter incorporada à sua visão da realidade material a dimensão da energia, sempre buscou, conseqüentemente, formas para que seus indivíduos pudessem se livrar das cargas da energia material negativa ou mortal. É só nos lembrarmos dos rituais de descarrego, das benzedeiras e das sangrias.
Contudo, no desenvolvimento do saber regido pela racionalidade mecânica, essa dimensão da energia foi sendo progressivamente abandonada. Historicamente, tendo a localizar no início do processo de produção do saber tecnocrático (Taylorismo – final do séc.XIX), expressão máxima da racionalidade mecânica, o momento de ruptura total do atual saber hegemônico com a noção de energia material humana. Não é à-toa que, de lá para cá, vem crescendo um movimento de guerra contra tudo que lembre sabedoria popular. Não sem sentido, pois que essa, pautando-se pela busca e aprimoramento do princípio do prazer, evoluía no sentido de aperfeiçoar seus meios de se desfazer da energia material negativa.
De volta à Egologia
Se queremos uma sociedade diferente e se, de fato, estamos à busca de um novo ser humano, temos que, urgentemente, começar a dar nomes aos bois. E isso começa pelo uso inadequado do conceito de prazer. Está tudo armado e organizado para que não tenhamos prazer. Como também está tudo armado e organizado para que façamos e escutemos o discurso do prazer. A verdadeira mudança só se iniciará, individual e coletivamente, quando assumirmos que o nosso discurso não passa da prática do alívio.
Sem prazer, não há gozo. Sem gozo, não há amor. Sem amor, não há Deus. Sem Deus, não há princípios. Sem princípios, não há ética. Sem ética, não há política. Sem política, não há qualquer tipo de governo. Sem qualquer tipo de governo, não há sociedade. Sem sociedade, reina a barbárie e a destruição do planeta. Planeta que já dá sinais de agonia!
É urgente que comecemos a formular o verdadeiro princípio do prazer, se queremos um novo modelo de racionalidade e de sociedade. Para isso, precisamos recobrar um pouco de humildade e pedir o adjutório da sabedoria popular. Também ela admitia a tese da falacidade dos sentidos, mas numa postura de busca de entendimento e superação, ao invés de usá-la como justificativa para o primado da razão. Talvez por isso o ser humano, educado em seu seio, buscava evoluir no respeito à sua própria natureza (egologia) e em total respeito à mãe natureza (ecologia).
Isso porque a sabedoria popular jamais excluiu de sua visão da realidade material a dimensão da energia, principalmente em se tratando da realidade humana. Por isso acredito estar dando uma contribuição importante ao processo de nossa evolução, com a publicação deste livro. Seu principal objetivo é colocar na nossa agenda de reflexão a dimensão da energia material humana, levantando hipóteses explicativas para a sua origem e funcionamento e tentando mostrar as conseqüências danosas para a nossa qualidade de vida, individual e coletiva, com nossa atual postura em olvidá-la.
1Prefácio do livro “Racionalidade da Sabedoria Popular: energia material humana e sexualidade“, lançado em 28/010/2007 no Palácio das Artes, dentro do programa “Sempre um papo”.