Pela árvore geme a lógica atual
Dia 21 de setembro, dia da Árvore!
Que árvore?
Toda e qualquer uma.
Aquela que plantamos. Aquela que cultivamos. E até aquela que ainda não plantamos.
Principalmente, porém, aquela que matamos ou ajudamos a matar.
É essa que está a nos cobrar com a penúria, com a seca, com a sede, com a carestia e com a fome.
A nos cobrar, principalmente, uma falsa visão de mundo. A nos cobrar por um saber cuja lógica nos leva à ilusão, à fantasia e a um mundo encastelados em nós mesmos, em nossos males, incômodos, dores e impotência.
A árvore é a síntese dos quatro elementos: renova as águas, purifica e umidifica o ar, fertiliza a terra que, morta, é matéria prima do fogo.
A árvore liga a terra aos céus produzindo grande parte desses: as nuvens.
Por extensão podemos dizer que liga o Homem a Deus.
E se refletirmos melhor, não é apenas por extensão que ela nos liga a Deus.
Deus nos fala continuamente pela natureza em que vivemos e pela natureza que vivemos, aquela que nos constitui: somos natureza também.
E se estamos construindo uma cultura que, cada vez mais, avança e aprofunda uma lógica de auto-destruição, chegando até a negar nossa dimensão natural, por que venerar uma árvore?
Ou por outra, se nós, indivíduos nascidos e sustentáculos dessa cultura, somos capazes de nos agredirmos a nós mesmos e aos nossos semelhantes, por que não agredir ou até mesmo matar uma árvore? Com essa lógica nossas árvores vivem gemendo. Mas gemendo mesmo está é essa própria lógica que nos leva cada dia mais à impotencialização da raça e à heterorregulação dos indivíduos.
Pois que a natureza não revida, vinga!
E os sinais da vingança têm se feito cada vez mais presentes e constantes no meio ambiente e em cada geração que chega!
Por isso, há algum tempo lançamos o manifesto EGOlógico, já que a questão é mais profunda do que a ecológica.
Se sou capaz de agredir a mim mesmo (EGO), por que respeitar meu semelhante, um animal, um rio ou uma árvore?
E tudo isso porque cultuamos e cultivamos um saber que nega sistematicamente a dimensão da energia na matéria, principalmente quando se trata de nossa materialidade humana.
Por tudo isso faz-se urgente a divulgação e o estudo da teoria da EMH, inspirada na milenar sabedoria popular, para que voltemos a viver em função do essencial, superando esta visão de mundo que se assenta na aparência e no superficial e que cada vez geme mais, fazendo-nos gemer juntos.