Só nos desconstruindo podemos nos tornar sujeitos/objetos de amor
Como se descastrar?!
No ano de 2017 enviamos uma série de informativos refletindo sobre o processo de castração que a cultura dominante impõe a seus indivíduos. Fechamos essa série reforçando a tese de que a maior e mais profunda castração se dá pela desconsideração da realidade da EMH- energia material humana mortal/negativa, com o informativo intitulado “Impotência sexual e cultura castrante”-,
Pode-se concluir, a partir dessa série, que todos nós, uns mais outros menos, somos vítimas desse processo de castração. Resta-nos, pois, tentar enfrentar essa sina buscando alguma forma de superação. Ou por outra, nossa sina não é mais a do ser histórico que luta para cada vez mais ser potente, e sim, a de lutarmos para nos desfazermos das impotências que a cultura nos tem impingido. Ou por outra ainda, nossa sina não é mais a da construção do amor e, sim, a de desconstruirmos as barreiras que criaram em nós para o amor.
O primeiro, imprescindível e decisivo passo é ter-se a consciência de que esta cultura é castrante. O segundo é tentar entender o como esse processo se efetiva em nossas vidas.
Foi isso que motivou a elaboração da série de 7 informativos que lhe enviamos ano passado. É interessante revisitá-los de vez em quando. Para isso é só acessar nosso site no link informativos.
Hoje pretendemos sugerir algumas dicas para o nosso processo de descastração.
PRIMEIRA: Se nossa castração se inicia com a repressão à nossa forma natural de respirar, impondo-nos a respiração peitoral, é isso que temos de enfrentar primeiro. Substituir a respiração peitoral pela abdominal
Claro que aqui também se trata de um processo lento, mas cujo êxito depende de nossa convicção e força de vontade para torná-lo progressivo e gradativo.
SEGUNDA: Se essa castração se aprofunda e se efetiva reprimindo nossa relação natural com o alimento, ensinando-nos a ser gulosos e substituindo em nós a sucção pela mastigação, também é aqui que aparece nosso segundo campo de batalha. Substituir a mastigação pela sucção
Aqui também vale a observação feita para a primeira dica: progressivo e gradativo.
TERCEIRA: Substituir o cultivo dos vícios pelo cultivo das virtudes. Não é à toa que a cultura nos quer impotentes. Quanto mais impotentes, mais dependentes. Quanto mais dependentes, mais submissos. Quanto mais submissos, mais produtivos para os que dominam. Quanto mais produtivos, mais consumistas, até o ponto do desperdício e da destruição. Por isso temos que buscar a vivência do verdadeiro prazer que se dá no cultivo das virtudes.
QUARTA: Substituir as relações de cumplicidade pelas de solidariedade. Para isso é preciso que aprendamos a nos desfazer das cargas de energia material humana mortal/negativa, EMH-, e a cultivarmos a energia material humana vital/positiva, EMH+, principalmente procurando mudar nossos hábitos, quase todos reprodutores do medo. Uma boa técnica que pode, também, nos ajudar nessa empreitada é a prática constante da Lobosofia. Veja o que significa e como praticá-la.
QUINTA: saber distinguir prazer de alívio e substituir a vivência na lógica do alívio pela busca da lógica do prazer
SEXTA: substituir a idéia de que a mulher seja um ser sexualmente não referenciado pela convicção de que ela é genitalmente potente: contração e intumescimento vaginal.
SÉTIMA: Coroando toda a nossa busca/luta, substituir a vivência do modelo sexual da fissão genital pelo da fusão genital.
Aqui se encontra o fator determinante de tudo. Mas se conseguirmos avançar nas determinações anteriores, também aqui seremos exitosos e poderemos realizar o sonho de sermos sujeitos de nós mesmos e de contribuirmos na construção de um mundo novo: superação do patriarcalismo e seu último modo de produção, o capitalismo!