Urrus e Clamores

Superação do cio biológico: A história humana (individual e coletiva) é determinada pela superação do cio biológico da fêmea em busca do cio psicobiofísico.          A Sabedoria Popular sempre considerou a dimensão da Energia Material Humana na sua visão de mundo.          O afluxo sanguíneo é que gera a potência genital, seja no homem, seja na mulher.          As doenças do corpo e da mente são alimentadas pela energia material humana mortal/negativa.          Fusão genital é o modelo de relação sexual onde homem e mulher vivenciam sua potência genital.          O modelo de vida (individual ou coletiva) da auto-regulação pressupõe a consciência e o enfrentamento da realidade do pecado.          A noção de pecado originária da Sabedoria Popular é porque essa sempre considerou a dimensão da energia material humana na sua visão de mundo.          Para a Sabedoria Popular pecado é a transgressão de alguma lei que rege a natureza humana.          Potente é quem, mais do que em suas capacidades, tem consciência de seus limites e os respeita, buscando sua superação.          A vivência da virtude nos faz potente e a vivência do pecado nos deixa impotente para amar e gozar a vida.          Não existe pessoa desorganizada: uns se organizam para ter paz, outros para ter aflição.
Voluntariedade
02/04/2020
O Bem e o Mal na sabedoria popular: um testemunho pessoal
02/05/2020

Temos que clamar e lutar por uma vida diferente da que este mundo nos oferece

G. Fábio Madureira

 

Vida sem rumo.

Vida sem prumo.

Vida dos homens.

 

Pulando, empinando, saltando…

Bravo burro! Burro bravo!

Cujo homem é o escravo.

 

Escravo da vida.

Escravo do burro.

Escravo que geme.

Escravo que luta.

Escravo em labuta

que o burro lhe traz.

Escravo que xinga,

com ou sem pinga,

remédio de todos,

doentes e sãos.

Escravo que grita:

vita, vita, vita,

em latim ou não,

com palavras ou não,

pois o mudo não fala

a não ser com a mão.

E com a mão ele clama

pedindo mais vida

para ao menos poder

ouvir-lhe os ecos

que a morte inimiga

da vida de todos

e de todas as vidas

lhe roubará.

 

Vita, vita, vita,…

Ele, você grita.

Também eu grito.

Pois é a única fama

que jamais será mito.

Quero viver.

Tenho de viver.

E se esse desejo

já não tem mais eco,

vencer-te-ei vida,

bravo burro,

com um pião urro.

 

Com meus urros

corro atrás da vida

mas não sou seu escravo.

Escravo sou do querer vivê-la.