G.Fábio Madureira
Busco a racionalidade
que dialogue com a magia,
refletindo a verdade,
desfazendo a fantasia.
Repudio com firmeza,
em toda a sua extensão,
o racional de frieza
onde não cabe a emoção.
Tou vivendo a tristeza
de ter perdido a magia,
curtindo só incertezas
no agora do dia-a-dia.
Magia alimenta a fé:
a vida é só brincadeira.
Com ela tudo dá pé,
toda jogada é certeira.
Tudo é um eterno brincar:
estudo, trabalho, amor.
Viver carece gozar
se libertando da dor.
Reina a magia na infância.
Pra ser adulto, porém,
tem-se, em primeira instância,
um racional só do aquém.
A vida vira um sem graça
de uma mesmice só
e a cada tempo que passa
aumenta-se mais um nó.
Sem magia o nó é cego,
o racional é tacanho:
só toca a tecla do “nego”,
para o sim não tem tamanho.
Não apreende o que é,
só o que significa.
Impede o crescer da fé
e o calor que vivifica.
II
Neste novo racional
que trabalha a energia,
o plano espiritual
é o nosso maior guia.
O texto? É a natureza
de dentro e fora de nós.
O método é a pureza
de desfazer nossos nós.
Quero de novo a magia
e a fé que a contém
para que minha alegria
volte com ela também.
U’a magia racional
de bem com o mundo do além,
sustentando o emocional
de quem vive só o bem.