Objetivos da Educação

Superação do cio biológico: A história humana (individual e coletiva) é determinada pela superação do cio biológico da fêmea em busca do cio psicobiofísico.          A Sabedoria Popular sempre considerou a dimensão da Energia Material Humana na sua visão de mundo.          O afluxo sanguíneo é que gera a potência genital, seja no homem, seja na mulher.          As doenças do corpo e da mente são alimentadas pela energia material humana mortal/negativa.          Fusão genital é o modelo de relação sexual onde homem e mulher vivenciam sua potência genital.          O modelo de vida (individual ou coletiva) da auto-regulação pressupõe a consciência e o enfrentamento da realidade do pecado.          A noção de pecado originária da Sabedoria Popular é porque essa sempre considerou a dimensão da energia material humana na sua visão de mundo.          Para a Sabedoria Popular pecado é a transgressão de alguma lei que rege a natureza humana.          Potente é quem, mais do que em suas capacidades, tem consciência de seus limites e os respeita, buscando sua superação.          A vivência da virtude nos faz potente e a vivência do pecado nos deixa impotente para amar e gozar a vida.          Não existe pessoa desorganizada: uns se organizam para ter paz, outros para ter aflição.
Linguagem Popular
11/06/2020
MASP Filosofia Popular
11/06/2020

“MANIFESTO DA EDUCAÇÃO”
DO NOVO MUNDO
PARA UM MUNDO NOVO  

Quero uma educação que transmita e desenvolva conhecimentos para: 

não ter que andar de sapato
e pisar no chão com firmeza e desenvoltura;
não ter que escovar os dentes
e ter bom hálito e dentes bons;
não ter que tomar banho
e me sentir limpo e cheiroso;
não ter que usar roupa
e me sentir aquecido e à vontade;
não ter que comer isso ou aquilo
e me sentir saudável;
não ter que ser vacinado
e estar imunizado contra qualquer epidemia;
não ter que usar remédio
e me sentir sadio;
não ter que depender de médico
e saber lidar com o meu corpo;
não ter que usar perfume ou cosméticos
e sentir minha pele gostosa;
não ter que fazer ginástica
e me sentir forte e ágil;
não ter que sacrificar meu corpo
e ter pureza d`alma;
não ter que me sentir fazendo esforço
e gozar em toda relação;
não ter que me anestesiar os sentidos
e saber enfrentar as dores que me forem impingidas;
não ter que, pelo medo, cultuar a morte
e viver intensamente a vida;
não ter que fazer seja lá o que for
e me sentir criativo em tudo que faça;
não ter que viver em função da quantidade
e encontrá-la na dimensão da qualidade;
não ter que me sentir senhor de pessoas ou coisas
e ser senhor de mim mesmo;
não ter que competir
e buscar a perfeição;
não acreditar que as Américas foram descobertas
e saber que foram invadidas como outros fatos históricos.

PRESSUPOSTOS TEÓRICOS         

Não existe bom hábito: todo comportamento impensado (não-recriado) é desmerecedor do ser humano.

O único produto marcadamente humano é o sentimento; o resto é subproduto e/ou meio.

Até a “descoberta” do micróbio, o homem tentava cultuar o macróbio.

Quem cultiva qualquer medo é impotente para o amor.

Enquanto parte imprescindível no processo de produção do amor, a potência feminina é tão necessária quanto a masculina.

A base material do sentimento humano é a vivência do desejo: o desejo realizado propicia o amor; o desejo frustrado (impotência) produz a inveja que se materializa no ódio.

O amor (desejo) e a inveja (impotência ante o desejo) produzem descargas energéticas com sinais contrários: um constrói e a outra destrói.

Tão ou mais importante que a pólvora no processo de colonização (exploração x denominação), é e foi a disseminação de doenças.

APÓS 500 ANOS: POR UMA EDUCAÇÃO NÃO-COLONIAL!

Esse texto foi inserido como o XXXIIº capítulo do livro “Racionalidade da Sabedoria Popular:  energia material humana e sexualidade.” de MADUREIRA, G. Fábio.

HÁBITOS: MATERIALIZAÇÃO DO CONHECIMENTO

Conscientes de que toda nossa formação e toda nossa organização sócio-cultural se pautam pelo modelo da lógica formal, que sustenta e reproduz a relação fêmea impotente x macho mecanicamente potente, resta-nos saber que condicionantes internalizamos para reproduzir esse modelo a fim de que possamos superá-lo.
Inicialmente diria que o ideal seria que pudéssemos apagar, tal como se faz na computação, todos os nossos programas e aplicativos, ficando apenas com o programa operacional. Isso porque todas as informações que temos, tanto em nível do consciente quanto do subconsciente, alimentam essas condicionantes. São essas informações (conhecimentos) que sustentam e conformam os nossos próprios hábitos. Portanto, não se trata de mudança de comportamento. Trata-se, antes, de mudança de hábitos, pois são eles que consubstanciam os valores produzidos e reproduzidos por esse modelo, dando sustentação aos nossos comportamentos.

MANIFESTO DA EDUCAÇÃO DA LÓGICA DO CAPITAL

Vivemos hoje uma educação que transmite conhecimentos aos indivíduos para:
Ter que usar sapato como forma de proteção
para  não  sentir o chão;
Ter que escovar os dentes sistematicamente
para conviver com o  medo da cárie e do mau hálito;
Ter que tomar banho, como obrigação,
para se sentir limpo consigo e com o outro;
Ter que usar roupa como proteção em relação ao meio
para  sentir a sensação de estar à vontade;
Ter que se alimentar de acordo com os sugeridos valores nutritivos
para acreditar estar cuidando bem de sua saúde;
Ter que tomar vacina
para se sentir imune às epidemias;
Ter que fazer uso de medicamentos
para poder conviver com as doenças;
Ter que depender do médico
para saber lidar com o corpo;
Ter que usar perfumes e cosméticos
para sentir a  pele gostosa;
Ter que fazer ginástica
para se sentir forte e saudável;
Ter que fazer sacrifícios
para  conseguir a pureza d’alma;
Ter que fazer esforço
para poder gozar nas relações;
Ter que fazer uso de anestésicos
para não sentir as dores;
Ter que cultivar o medo da morte
para acreditar estar vivendo intensamente a vida;
Ter que fazer seja lá o que for
obedecendo os padrões esperados de criatividade;
Ter que viver em função da quantidade
para acreditar estar atingindo a dimensão da qualidade;
Ter que viver ocupado
para se sentir como alguém produtivo;
Ter que se sentir senhor de pessoas ou coisas
para não ser senhor de si mesmo;
Ter que viver competindo
para sentir a  sensação de busca da perfeição;
Ter que consumir de acordo com a moda
para se sentir socialmente aceito.

Ao reproduzirmos esses hábitos sem espírito crítico, estamos reforçando e ampliando a lógica do capital e o modelo da racionalidade mecânica, não só em nós mesmos como na sociedade como um todo.
Por outro lado, para analisá-los com espírito crítico, faz-se mister  que tenhamos acesso a um outro modelo de conhecimento que seja construído a partir de sua antítese.
No próximo capítulo iniciaremos uma reflexão que pretende dar cabo dessa tarefa, explicitando as bases de um outro modelo de conhecimento, o da racionalidade mágica.

Esse texto foi inserido como o XVIIIº capítulo do livro “Racionalidade da Sabedoria Popular:  energia material humana e sexualidade.” de MADUREIRA, G. Fábio.