G.Fábio Madureira
Quero cantar o agora
cheio de contentamento
de quem pela vida afora
colheu muito sofrimento.
Muita alegria contida,
tanto prazer represado,
tantas facetas invividas,
tanto amor guardado
que de tanto tentar
chegou a encolher
e de tanto esperar
pensou não merecer
quando lá pelas tantas
de tanta tentativa
o dom da vida santa
em sua alma cativa.
Não a santidade dos anjos
ou de um ser desencarnado,
mas a pureza do homem
com seu cio purificado.
Livre do medo constante
de ser pelo outro rejeitado.
Principalmente pelo par
que a natureza criou,
e pôs os dois para amar
em perfeita sintonia,
dando ao corpo a sabedoria
que a razão não conquistou
por estar ainda presa
à negação dela mesma.
Canto no agora o corpo
para que no amanhã,
que quero não esteja longe,
se cante u’a mente sã,
cheia de paz e alegria,
que, por pura sabedoria,
não renegará por certeza
a sua mãe natureza:
com a natureza em harmonia.
e pra sempre
corpo e mente se irmanam
na real condição humana:
domínio de sua
energia