Manifesto

Superação do cio biológico: A história humana (individual e coletiva) é determinada pela superação do cio biológico da fêmea em busca do cio psicobiofísico.          A Sabedoria Popular sempre considerou a dimensão da Energia Material Humana na sua visão de mundo.          O afluxo sanguíneo é que gera a potência genital, seja no homem, seja na mulher.          As doenças do corpo e da mente são alimentadas pela energia material humana mortal/negativa.          Fusão genital é o modelo de relação sexual onde homem e mulher vivenciam sua potência genital.          O modelo de vida (individual ou coletiva) da auto-regulação pressupõe a consciência e o enfrentamento da realidade do pecado.          A noção de pecado originária da Sabedoria Popular é porque essa sempre considerou a dimensão da energia material humana na sua visão de mundo.          Para a Sabedoria Popular pecado é a transgressão de alguma lei que rege a natureza humana.          Potente é quem, mais do que em suas capacidades, tem consciência de seus limites e os respeita, buscando sua superação.          A vivência da virtude nos faz potente e a vivência do pecado nos deixa impotente para amar e gozar a vida.          Não existe pessoa desorganizada: uns se organizam para ter paz, outros para ter aflição.

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A partir de nossa hipótese central de reflexão de que a evolução humana parte da superação do cio biológico (fusão genital natural) na busca do cio psicobiofísico (fusão genital histórica) CONSTATAMOS:

4.1 –  que o ser humano, enquanto parte da realidade material, é um elemento produtor/reprodutor de energia dentro de um sistema evolutivo do qual é também emissor/receptor;

4.2 – que, com base no conhecimento acumulado pela Sabedoria Popular, a energia produzida pelas relações humanas pode ter carga positiva (matéria prima do amor, pulsão de vida, energia vital, representado na Sabedoria Popular pelo indivíduo enxuto) ou carga negativa (matéria prima do medo, pulsão de morte, energia mortal, representado na Sabedoria Popular pelo indivíduo aguado);

4.3 – que a relação humana determinante dessa produção/reprodução se dá na vivência sexual;

4.4 – que a sexualidade humana tem duas funções distintas e complementares: A) produzir uma nova vida ( instinto de preservação da espécie)  e   B) reproduzir sua própria vida (instinto de sobrevivência);

4.5 – que a função reproduzir sua própria vida se caracteriza pela possibilidade de estabelecer  um diálogo consciente X inconsciente, permitindo a desconstrução do indivíduo enquanto objeto da história e a construção do indivíduo como sujeito da história;

4.6 – que a qualidade da vivência sexual é determinada pelo maior ou menor respeito à natureza humana que é dado pela maior ou menor consciência e assumpção do desejo;

4.7  – que por se desconsiderar a dimensão energética, em especial, sua carga negativa, tem-se historicamente acumulado e ampliado essa carga, com conseqüente processo de degeneração da raça e do meio ( enfermidades orgânicas e psíquicas, impotencialização em geral dos indivíduos e a degradação do meio );

4.8  – que essa impotencialização guarda relação direta com o modelo patriarcal de sexualidade onde o homem tem que ser potente e a mulher não importa, reproduzindo, aprofundando e ampliando o modelo sexual de fissão genital ou do anti-cio;

4.9  – que esse modelo é a base de sustentação do processo de produção/reprodução e emissão/recepção de energia material humana mortal/negativa, como também é do atual modelo hegemônico de racionalidade mecânica limitado ao visível, ponderável e mensurável;

4.10 – que, para o enfrentamento e superação dessa realidade, a mulher deve buscar individual e coletivamente, e de maneira solidária entre si e com seu parceiro, um novo modelo de vivência de sua sexualidade;

4.11 – que esse modelo deve ter como parâmetro a recuperação da consciência do desejo sexual feminino (referência em si), historicamente reprimido por um progressivo processo de alienação;

4.12  – que essa consciência passa pela compreensão do modelo de conhecimento preservado pela sabedoria popular (racionalidade mágica) e de outros avanços do conhecimento, em especial aquele explicitado por Reich, em sua análise da pulsão de vida, sobre o valor da potência orgástica ( em seu livro: “Função do Orgasmo”);

4.13  – que a potência orgástica tem como base necessária, porém não suficiente, a consciência e vivência da potência genital, cuja expressão material é o intumescimento e contração vaginal;

4.14 – que só assim poderemos avançar no processo de aquisição do cio psicobiofísico,  passando a vivenciarmos um novo modelo de fusão genital, produtor/reprodutor apenas de energia material humana vital/positiva,  inaugurando-se um novo Homem em uma nova sociedade.