6 – Manifesto neo-holí­stico:

Superação do cio biológico: A história humana (individual e coletiva) é determinada pela superação do cio biológico da fêmea em busca do cio psicobiofísico.          A Sabedoria Popular sempre considerou a dimensão da Energia Material Humana na sua visão de mundo.          O afluxo sanguíneo é que gera a potência genital, seja no homem, seja na mulher.          As doenças do corpo e da mente são alimentadas pela energia material humana mortal/negativa.          Fusão genital é o modelo de relação sexual onde homem e mulher vivenciam sua potência genital.          O modelo de vida (individual ou coletiva) da auto-regulação pressupõe a consciência e o enfrentamento da realidade do pecado.          A noção de pecado originária da Sabedoria Popular é porque essa sempre considerou a dimensão da energia material humana na sua visão de mundo.          Para a Sabedoria Popular pecado é a transgressão de alguma lei que rege a natureza humana.          Potente é quem, mais do que em suas capacidades, tem consciência de seus limites e os respeita, buscando sua superação.          A vivência da virtude nos faz potente e a vivência do pecado nos deixa impotente para amar e gozar a vida.          Não existe pessoa desorganizada: uns se organizam para ter paz, outros para ter aflição.
5 – Prazer ou alívio
02/04/2020
7 – Sexualidade e Energia, Referência em Si:
02/04/2020

O neo-holismo incorpora a dimensão da energia material humana

Nesta minha busca, freqüentei alguns centros de estudos holísticos. Valeu a pena! Como o ser humano já avançou no desvendamento das forças que atuam sobre ele! Os astros! As águas! Os símbolos! As formas! Os números! As cores! Os alimentos! Outros níveis de vida! A realidade sobrenatural!

Já avançou muito também sobre a compreensão de seu poder sobre o meio e sobre a natureza. A sociologia que o diga. A tecnologia que testemunhe. A ecologia que ecoe.

Mas, no meu entendimento, muito pouco avançou sobre o desvendamento de si mesmo, de seu próprio funcionamento. Principalmente quando se trata da ou das pontes que o ligam a outras esferas da realidade e da vida.
E todo esse acanhamento eu debito ao pouco que o homem já se decifrou enquanto realidade material. Mesmo que se considerem os avanços sobre o código genético!

E é aqui que me permito ser um pouco crítico diante das propostas holísticas.

De fato a visão holística muito contribuiu para o homem recuperar a busca de compreensão da dimensão energética. Essa dimensão havia sido colocada para escanteio a partir da e durante a hegemonia da teoria mecânica. Se nas ciências exatas a teoria da relatividade reintroduziu a energia no estudo da matéria (sem se desfazer dos avanços da mecânica), nas ciências humanas o holismo tem tentado realizar esse papel. E por que não tem conseguido?

No geral porque o homem continua sendo visto apenas como receptor/reprodutor de energia. Dificilmente é visto como produtor, sujeito, fonte. E quando o é, não se discutem os determinantes dessa produção e nem o papel dessa energia por ele produzida na relação com as de outras fontes. Exemplo contundente disso é a tese, hoje inquestionável, de que o sol é causa de câncer. Pergunto, é o sol que provoca o câncer ou ele faz apenas aflorar uma energia por nós mesmos produzida?

Por enquanto esta pergunta “cheira” a absurdo e heresia. Mas se passarmos a considerar:

1 – que o homem é também matéria;
2 – que essa matéria é viva
3 – que como matéria viva reproduz e produz energia (energia material humana);
4 – e mais, que por desconhecer e/ou desconsiderar as leis que regem a produção e funcionamento dessa sua energia, certamente está provocando mais curto-circuito (energia negativa ou mortal) que gerando luz (energia positiva ou vital);
seguramente nossa pergunta passa a ter sentido e ser merecedora de reflexão, pesquisas e estudos.

E é isso que pretendemos ao sugerirmos acrescentar o prefixo neo (novo) ao termo holismo. A proposta não é desconsiderar, muito menos descartar, o estudo e compreensão de todas as demais fontes de energia. Pelo contrário. É reestudá-las a partir da compreensão da origem, funcionamento e força da energia que nós mesmos produzimos, ou seja, a energia material humana. Qual o seu papel no funcionamento do nosso sistema individual? Como interfere na nossa relação com as outras fontes energéticas físicas ou metafísicas?

Até onde pude avançar, o maior acervo de informações para esse estudo são as práticas, hábitos e discurso da sabedoria popular. Mais ainda, da sabedoria popular brasileira, que resulta da miscigenação de várias culturas, destacando-se a indígena, a africana e a européia. Por ser sabedoria popular, seu saber não é fruto de experimentos de laboratório onde apenas algumas variáveis podem ser controladas. Ele é fruto de uma prática coletiva decantada pela evolução de gerações.

Nesse saber a energia material humana sempre esteve em foco, e de forma até privilegiada. Só que o conceito nunca foi sistematizado, muito menos, teorizado. Mas a consciência de sua ambivalência sempre existiu e de maneira muito marcada: ter qualidade de vida é fugir da energia negativa e cultivar a positiva.

O neo-holismo, portanto, tem como principal característica agregar o conceito de energia material humana à nossa visão de mundo. Para isso, seu principal desafio é compreender e divulgar o real funcionamento dessa dimensão da realidade material humana e o seu papel na nossa relação com todas as demais fontes energéticas.

G. Fábio Madureira

Se você concorda com esse Manifesto e deseja assiná-lo registre aqui sua opção